domingo, 7 de junio de 2009
Na ribeira desse rio
Na ribeira desse rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias à fio
Nada me impede, me impele
Me dá calor ou dá frio
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Vejo os rastros que ele tráz
Numa seqüência arrastada
Do que ficou pra trás
Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando
Vou na Ribeira do rio
Que está aqui ou ali
E do seu curso me fio
Porque se o vi ou não vi
Ele passa e eu confio
Fernando Pessoa
Riberas de aqueste río
o riberas de aquel otro
pasa el hilo de los días
nada me impide, me impele,
me da calor o da frío
Voy viendo lo que hace el río
cuando el río no hace nada,
veo los rastros que traza,
en la secuencia arrastrada
de lo que se quedó atrás
Voy viendo y voy meditando
no ya en el río que pasa,
sino en lo que estoy pensando,
porque su bien es hacerme
no ver lo que va pasando
Voy riberas de ese río
que pasa aquí o más allá,
y de su curso me fío,
porque si lo vi o no vi
pasa él y yo confío
Documental. Café con libros.
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Amigo !
ResponderBorrarUma vez mais a visitar a tua excelente página.
Deixo-te Zeca Afonso, que como sabes foi o expoente máximo da música de combate ao fascismo em Portugal.
Um abraço grande1
Zeca Afonso
Venham mais cinco - Letra Lyrics
Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-lhe a andar
De espada cinta, já crê que rei aquém de além-mar
No me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
Tiriririri buririririri, Tiriririri paraburibaie, 2X
A gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo o que eu levantei
A bucha dura, mais dura a razão que a sustém
só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe
No me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam, bem me avisavam como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro o rei
A bucha dura, mais dura a razão que a sustém
só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe
No me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
http://www.youtube.com/watch?v=qHVT0LGriGs&feature=related